A prática leva a perfeição: qual o tempo de treinamento de coletas para jovens entomólogos tornarem-se eficientes?

Autores

  • Rodrigo Aranda Universidade Federal de Rondonópolis, Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4392-6423
  • Ana Carolina Porto Universidade Federal de Rondonópolis, Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil
  • Carlo Benetti Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil https://orcid.org/0000-0002-8693-1388
  • Lara Freitas Universidade Federal de Rondonópolis, Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.12741/2675-9276.v4.e057

Palavras-chave:

Coletas, Entomologia, Práticas

Resumo

Entre diversas técnicas de captura de insetos, a captura ativa por rede entomológica é uma das que demandam maior domínio do coletor, para que seja feito o seu uso correto, tendo assim por consequência, uma boa eficiência para a captura dos insetos. O objetivo do trabalho é descrever o tempo necessário para que jovens entomólogos adquiram prática no manuseio do equipamento, bem como comparar a eficiência de captura de insetos. As coletas ocorreram entre abril de 2021 e março de 2022, com intervalo quinzenal. As coletas manuais com rede entomológica foram realizadas por ao menos 4 horas ao longo de cada dia de coleta, por cada um dos integrantes. Para serem feitas as comparações, foram selecionados dois tipos de insetos para serem capturados, abelhas e vespas. Foram obtidos um total de 958 indivíduos de abelhas e vespas amostras. O coletor experiente foi responsável pela coleta de mais de 60% dos indivíduos coletados. A média de captura de indivíduos pelo coletor experiente foi de 16,34 enquanto para os iniciantes foi de 8,86 havendo diferença significativa. Observamos ser necessárias ao menos 10 coletas para os alunos chegarem em valores próximos ao coletor experiente, entretanto a variação sazonal na ocorrência dos insetos interfere na capacidade de localização em campo por se tornarem menos abundantes. Para além do tempo necessário para dominar a técnica, a capacidade de identificar os exemplares de interesse no campo também é relevante. Portanto, o treinamento deve combinar as práticas de campo com observação em laboratório dos exemplares de interesse.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BASSET, Y., & LAMARRE, G. P. Toward a world that values insects. Science, v. 364, n. 644, p. 1230-1231. 2019. DOI: https://doi.org/10.1126/science.aaw7071

COSCARÓN, M. D. C.; MELO, M. C.; CODDINGTON, J.; CORRONCA, J. Estimating biodiversity: a case study on true bugs in Argentinian wetlands. Biodiversity and Conservation, v. 18 p. 1491-1507. 2009. DOI: https://doi.org/10.1007/s10531-008-9515-0 DOI: https://doi.org/10.1007/s10531-008-9515-0

FISCHER, B.; LARSON, B. M.. Collecting insects to conserve them: a call for ethical caution. Insect Conservation and Diversity, v. 12, n. 3, p. 173-182. 2019. DOI: https://doi.org/10.1111/icad.12344 DOI: https://doi.org/10.1111/icad.12344

GIBB, T. J.; OSETO, C. Insect collection and identification: techniques for the field and laboratory. 2nd edition, Academic Press. 2019. 354p.

GRAY, H. E.; TRELOAR, A. E. On the enumeration of insect populations by the method of net collection. Ecology, v. 14, n. 4, p. 356-367, 1933. DOI: https://doi.org/10.2307/1932659 DOI: https://doi.org/10.2307/1932659

GROOTAERT, P.; POLLET, M.; DEKONINCK, W.; VAN ACHTERBERG, C. Sampling insects: general techniques, strategies and remarks. pp. 377-399. In: EYMANN, J., DEGREEF, J., HĀUSER, J. MONJE, C., SAMYN, Y. AND VANDEN SPIEGEL, D. (Orgs.) Manual on Field Recording Techniques and Protocols for All Taxa. 2010. 322p.

KAWAHARA, A. Y.; PYLE, R. M. Through collecting, owning and observing insects. pp. 138-152. In: LEMELIN, R. H. (Org.). The Management of Insects in Recreation and Tourism. Cambridge Univ. Press, New York, 2012. 353p DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9781139003339.011

MAY, C. S. A contextual teaching and learning experience through insects species collection program. Journal of Advanced Research in Social and Behavioural Sciences, v. 9, n. 1, p. 1-13, 2017.

SERFLING, R. E. Entomological survey methods. Public Health Reports, v. 67, n. 10, p. 1020-1025. 1952. DOI: https://doi.org/10.2307/4588278

SOUZA, M. S.; SALMAN, A. K. D.; DOS ANJOS, M. R.; SAUSEN, D.; PEDERSOLI, M. A.; PEDERSOLI, N. R. N. B. Serviços ecológicos de insetos e outros artrópodes em sistemas agroflorestais. EDUCAmazônia, v. 20, n. 1, p. 22-35. 2018.

TRIETSCH, C.; DEANS, A. R. The insect collectors’ code. American Entomologist, v. 64, n. 3, p. 156-158. 2018. DOI: https://doi.org/10.1093/ae/tmy035 DOI: https://doi.org/10.1093/ae/tmy035

Downloads

Publicado

2023-08-14

Como Citar

Aranda, R., Porto, A. C., Benetti, C., & Freitas, L. (2023). A prática leva a perfeição: qual o tempo de treinamento de coletas para jovens entomólogos tornarem-se eficientes?. Entomology Beginners, 4, e057. https://doi.org/10.12741/2675-9276.v4.e057

Edição

Seção

Iniciação Científica